terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Da Paixão
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Pra Ry-r
sábado, 12 de dezembro de 2009
De Gosto
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Memórias De Uma Noite Sem Embriaguez
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Escada (ou O Menino Sem Medo)
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
pernilongo na meia-noite
É uma mariposa.
Mariposa é borboleta?
Elas se parecem.
Só porque a mariposa tem um visual mais sombrio?
E ela pousa de asa aberta...
Modernosa.
A borboleta é recatada, puritana...
A mariposa é mais pra frente...
Toda aberta.
Mariposas são bonitas.
Mas eu não gosto delas voando.
Espero que ela não levante voo tão cedo.
Ela voou...
Ela tá voando demais.
Numa nuvem de gás mortal
Asas que batiam numa tentativa ineficaz de levantar voo
O meu olhar em suas asas
Somente o barulho delas a bater no ladrilho
Um desespero, sem ar.
A mim não foi confortável ver uma mariposa se debater até a morte.
Sou um mau homem.
Péssimo.
*não consegui achar o nome do autor da foto para citar.
domingo, 22 de novembro de 2009
Papel de Carta
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Em Janelas
domingo, 15 de novembro de 2009
Inquietação (ou A Vontade do Coração do Menino)
Eu quero morrer sem pecados
Em francês, em hindi, em esperanto!
Gostaria de respirar a paz de espírito
Até mesmo da angústia que não passa.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Apenas dói.
Muito mais que um eu-lírico...
Essa tarde não tem personagem.
Não tem histórias,
Não tem nada de fantástico.
Apenas um cara.
Por trás desse monitor e teclado.
Estou afim de não escrever mais e deixar passar essa dor.
A verdade é que eu não sei de onde ela vem,
Nem quando chegou aqui.
Sei que me dá vontade de dizer não a tudo.
E eu não tenho noção de como fazer pra sair disso.
Uma vontade de chorar me faz querer parar agora,
Uma angústia que não passa
Talvez eu volte.
Mas eu não sei quando
E talvez seja a hora de me despedir.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Noite (ou Vamos Fugir Pro Fundo do Mar?)
Um blues... Poderia ser um sambinha
Mas eu quero um samba triste
Quero arrancar lágrimas de mim mesmo
Quero poder dizer que o amor é um veneno
E depois acender um cigarro, brindando com vinho
Poder sorrir um sorriso falso, sem alegria
Com a mais pura tristeza de um cara estragado
De um coração meio cansado
E não acredito que o metal é como uma despedida.
Ele não sabe que sou capaz de morrer?
Faz questão de ignorar que estou em carne viva?
Mentindo sentimentos?
Por que será que a gente acorda em dias ruins?!
Por que não podemos apenas dormir neste dia e quem sabe amanhã...
Isso. Quem sabe amanhã, uma nova canção...
Um frevo, quem sabe.
Ou um samba alegre.
Quem sabe amanhã serei maior que qualquer coisa que se pode sentir?
E de repente poderei criar as fantasias mais legais nessa pobre cabeça!!
E poder fazer o mocinho e a mocinha ficarem juntos desde o início!?
Ou ainda extinguir o bandido dessa história, ou a bruxa má.
Tem uma hora do dia que a gente começa a fantasiar.
E chega uma hora do texto que parecemos sentir o que se passa.
Mas o que é mesmo que se passa?!
E a gente morre de vontade de morrer
E a gente cansa de querer se encontrar em alguém
Pra querer simplesmente definhar aos pouquinhos
Com pequenas doses
Veneno ou vinho!?
Sobrará um resto de prosa
Um vestido manchado com lágrimas.
Uma gravata enrolada num canto
Sem amor
Sem alegria
Sem tesão
Sem vontade alguma
Apenas um interesse muito grande em poder sofrer até a última gota
E poder arrancar dos espinhos, a rosa
E poder queimar as fotografias
E poder rasgar as cartas
Apagar os recados na secretária eletrônica
Desistir de sair essa noite
Desistir de dormir
Escapar de cada sonho, vendo a vida passar na janela
Enquanto aqui dentro, o mofo toma conta
E esse coração é só um monte de resto
Pronto a desfalecer em pedacinhos de passado
Mal-vivido, mal-acabado.
Feito inverno que não passa.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Melissa
Ela entrou. Jogou as chaves num canto, a bolsa num outro canto da sala, tirou o sutiã por baixo da blusa azul. Estava com vontade de não fazer parte do mundo. Como as coisas poderiam dar tão errado com uma pessoa em tão pouco tempo? Ela não acreditava que era o fim do seu namoro que estava fazendo isso com seu humor. Nem amava o desgraçado. Na verdade, há algum tempo não nutria sentimentos por nenhum rapaz. De repente se lembrou de seus biscoitos comprados numa lojinha do interior. Correu ao banheiro, tomou um breve banho. Sentou em frente à TV. Que bom que estava sozinha. Era a melhor parte do dia. Estar só em sua casa, com a TV ligada e vendo filmes em alemão, sem legenda. Ela não entendia nada de alemão, mas o preto e branco e as vozes e as faces a deixavam altamente em polvorosa. Sentada no sofá, uma caixa de biscoitos, um chá de maracujá, filme alemão.
Ao ouvir o telefone tocar, ignorou todas as sete ligações. Ela não queria ser incomodada. Era seu ex-namorado não amado que ela tinha tomado repúdio depois de descobrir que não amava. Queria atender. Sentiu-se sozinha. Viu-se sozinha. Não desejava, nem gostava de se sentir sozinha. Por um momento pensou em retornar as ligações, mas a possibilidade de ter que conversar com alguém e estragar seu filme alemão a fez desistir.
Foi até a janela olhar os carros passando oito andares abaixo. Adorava passar o tempo olhando os carros e vendo como a cidade à noite era viva. Mais um pouco de chá. Pôde olhar no prédio em frente, uma menina dançando para o espelho, um cara tocando saxofone, um casal jantando a luz de velas, uma senhora que parecia chorar vendo TV, um senhor pintando uma tela. Lembrou do seu filme alemão. Voltou à sala, ao sofá. 23h38min. O filme estava acabando. Na verdade, a sua paciência também.
Saiu da sala, largou os biscoitos sobre a mesa, correu ao quarto. Colocou uma saia, uma blusa, uma bota, batom, pegou sua bolsa, desligou a TV, ligou pra uma amiga, catou as chaves no canto onde tinha jogado, bateu a porta e foi passar o resto da noite do lado de fora do mundo.segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Um mundo inteiro
Podia sentir neste, todo carinho
Que há no mundo
Todo bom sentimento
Toda esperança
Toda vida que há pra se refazer
Todos os planos de felicidade
Que passam por tantas coisas
Um abraço capaz de agregar cada palavra dita
Cada suspiro desassossegado
Um sorriso pronto pra acolher e topar tudo
Pra dizer que é bom que o mundo seja assim
Pra dizer que não somos anormais
Que os outros o são
Pra poder cantar enquanto caminhamos
Pra poder conhecer mil pessoas no mundo
E depois ainda achar que o mundo é lindo mesmo
E passível de ser vivido
sábado, 24 de outubro de 2009
Uma noite em minha casa
tá aí!?
num tá.
hunf
saudade de conversar com vc
mas essa janela de monólogo me deixa à vontade também,
sem nem saber se você vai ler isso depois
ou quem vai ler isso depois
talvez não seja vc, mas alguem em sua casa
hehe
isso é legal!!
olááááá
tem alguem aí do outro lado só lendo!?
que excitante... ¬¬'
então. deixa eu "monologuiar"
velhinho... eu to tão chateado com minha vida
poca...porra*
eu tento dar rumos novos a ela e ela não se toma rumo novo
sei lá...
e não me venha com teses de psicologia!!
¬¬
sei lá
tenho precisado de companhia, mas tenho desejado solidão
sabe quando se precisa de colo e silêncio?
to meio assim
precisando de alguem que me aconchegue
que me guarde.
mas que não me pergunte, ou que não fale muito
alguem que me acompanhe numa dose de vinho ou whisky
e que me faça sentir livre
to muito amarrado em minhas coisas
movimento estudantil
política
faculdade
estuda
estuda
sei lá
o que tem me dado prazer é NADA
nada me dá gosto de fazer
conversar com algumas pessoas não me dá mais prazer
existe muita impessoalidade, muita superficialidade
nunca mais sorri com prazer.
nunca mais tive tempo pra mim
no tempo que eu tiro pra mim, eu durmo
tempo perdido
tenho desejados momentos meus e me perco em pensamentos...
eu sempre estou só
sempre olhando pra frente com cara de que o mundo pode acabar
às vezes eu acho que fiz a escolha errada
não,
não estou falando de fisio X enfermagem
falo desde o início
eu poderia ser diferente
eu deveria ser diferente
tanta coisa que eu escolhi errado
escolhi não falar sobre meus sentimentos
escolhi mentir sobre eles
(...)
essa chuva me deixa depressivo
eu não to muito bem esses últimos tempos
devo tá passando por meu inferno astral
(...)
abração, sem tapinhas nas costas,
pra vc tb e boa noite!
*Registro de uma conversa no MSN no dia 12 de outubro de 2009.
Somente as falas de Daniel foram copiadas.
Sr. Almeida (ou Alguém Bateu à Minha Porta Hoje Pela Manhã)
Hoje
O que sonhamos
E aí!?
Cadê o que dizem ser
F-E-L-I--C-I-D-A-D-E?
Não, essa ainda não chegou aqui não
Está mais longe do que nunca.
Ontem mesmo eu procurei encontrá-la num shopping
Num bordel
Numa cerveja
E depois numa puta qualquer.
Mas quem disse que eu encontrei?
Me sobrou a dor de cabeça...
Me disseram uam vez que ela não existe.
Mas eu sou um bobo.
Custo a acreditar que mentiram pra mim a minha vida inteira
As lâmpadas apagaram e isso sinaliza o fim
Alguém me disse
A-D-E-U-S
Com tanta firmeza que me pensei morto
Mas ainda me basta o amanhã
E eu não costumo rejeitar essa idéia!
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Little Girl Blue
Senti que estava na hora de mais um cigarro, também. Troquei o lado do vinil. Acendi um cigarro e corri pra despensa. Eu estava com fome, eu precisava comer. Tinha macarrão instantâneo. Tinha uma salada na geladeira. Salada com macarrão. Vou pedir outra pizza. Achei uma garrafa de uísque, no fundo da despensa. Pela metade. Eu nem me lembrava que tinha uísque aqui. Na certa, de alguma festa que tinha acabado antes da bebida. Apenas as minhas namoradas iam embora antes da bebida acabar. Há algum tempo não tinha namorada. Correspondia ao tempo exato que aquela garrafa estava guardada. Lembrei que também correspondia, exatamente, ao tempo que eu não trepava. Infelizmente. Eu não gosto muito de prostitutas. Elas não fazem meu lanche depois. Apenas vão embora.
Deitei no sofá. Liguei o telefone. Pedi a pizza. Acendi mais um cigarro e esperei. Tomei uma dose de uísque, sem gelo. Janis Joplin na minha vitrola comprada em antiquário, meu maço de Marlboro, minha garrafa de Jack Daniel’s, agora abaixo da metade, minha pizza por chegar. Um pouco de nostalgia. Um pouco de solidão. Um pouco de embriaguez. E só um pouco de vazio. E mais algumas horas pela frente. Somente o mundo lá fora me perturbava. Mas aqui dentro tudo fluía. Como deveria ser. Desde sempre.
sábado, 10 de outubro de 2009
Cheiro
Surpreender-se sempre
Mas amar acima de tudo
Estar sempre em contato
Com o imprevisto
Mas sempre sentir saudade
De quem está tão longe
E não mentir pra si
E não dizer o que não sente
E apenas ser fiel aos
Sentimentos
Fiel ao amor
Fiel aos sonhos
Fiel à esperança
Fiel ao amor.
Sempre!!
http://www.youtube.com/watch?v=2ZghQP3SBUU
esse texto"videificado"
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Do resto da taça de vinho...
Como se não bastasse a poesia
De repente bate à porta o amor.
As flores no jardim da nossa casa
O gato da vizinha em nosso telhado
A menininha brincando de pular corda.
Cadê onde eu me deixei?
Às vezes na correria de querer descobrir,
Imagino que passo sem saber de nada
E imagino que no fim das contas sou meio merda e meio drama
Mas aí a cena continua
E eu pareço mesmo estar no palco com Julieta e com Macbeth
Ou ainda explodo em um gozo insuficiente para minha sede de prazer
O melhor disso tudo é que amanhã,
Quando eu acordar
E não me lembrar de tudo que fiz hoje
Vou rir dos meus amigos inventando mentiras a meu respeito
E pra sempre acreditar que era a personagem e não eu
Quem vivia um lindo conto
sábado, 26 de setembro de 2009
all about me
sucesso
sindicato
sanitário
sam
começar
vestido
despido
concreto
amor
armaç
ciúme
abestalhado
xarope
gripe
tosse
doença
amor
sexo
suborno
programa
trabalho
velh
sacana
amor
vida
peso
consciência
esperma
suc
vacina
ofensa
martírio
morte
amor
sofregu
permanecer
explodir
estourar
balão
enlou
mentira
fraco
três, três passarão, derradeiros ficarão
roda
ciranda
criança
infância
mentira
mulher
menina
menino
abre aspas
jornal
amor
comida
leia
escândalo
não assista à tv
acordar
parece cocaína
vende-se
alento
almas
morte
sosssego
r
este telefone encontra-se desligado ou fora da área de cobertura.
amor
mentira de novo
shut my fuck mouth up
silêncio
sábado, 19 de setembro de 2009
Nós que somos engenheiros da nação: LUTEMOS.
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entre o céu e a terra,
tudo fede a merda.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Sobre Todas As Coisas (ou Vontade de Estar com Você)
um vermelho que parecia brilhar
eram sonhos de outrora
ela olhava a janela só para ver o céu
ela costumava ver desenhos em nuvens
e os beijos das crianças eram tão doces
a fazia se lembrar de quão deliciosa fora sua infância
e se divertia com os vestidos rodados delas
e os sapatinhos cheios de barro
sentia a brisa no seu rosto
sentia como o beijo do seu amado
sentia como se pudesse novamente abraçá-lo
e ria de toda aquela situação
de como ficava vermelha em sentir sua mão em cima da dela
era uma sensação gostosa
feliz apesar de nostálgica.
abrira os olhos
enxergava um mundo diferente.
nem tinha mais as crianças ao redor
nem tinha mais os vestidos, os sapatinhos, os carrinhos dos meninos.
olhava a janela e não conseguia ver a alegria nos olhares das pessoas.
de repente chorava de tristeza ao desacreditar de tudo
e lembrava de como sua esperança era bonita
quando estava de olhos fechados
e fechara novamente os olhos
voltara a sonhar com a vida que amava tanto
e podia ver que a esperança vivia dentro de si
e sentia uma paz ao que ultrapassava o barulho que entrava por sua janela
uma amor que era mais forte que qualquer tristeza
uma alegria mais poderosa que o tempo
e fazia de cada memória uma história
pra não deixar morrer a canção que havia em seu coração
sábado, 5 de setembro de 2009
Sem conto pra contar
Histórias malucas da infância
Mas o que de verdade parecem, são joaninhas descabeladas
E as meninas cantam na roda
Os joelhos sujos de barro
As unhas pretas de lama
O chá das bonecas era água com tintol
E correm desesperadas quando uma lagartixa é jogada
E eles correm pra cima delas divertindo-se com o susto
E tudo é tão besta e tão gostoso.
Eos meninos no rio, tomando banho e sonhando em ser grandes
E as meninas na rua com suas bonecas e sonhando em ser grandes
E na porta de casa ele observa, desejando aquele tempo de volta.
domingo, 9 de agosto de 2009
para a menina importante que mora longe de mim
não tenho mais nome
sou apenas o que você vê
e mais nada
sou menos do que você espera
muito menos do que sonha
nem passo perto de ser um cara bonito
de repente você me abre os braços
e eu saio correndo
sou parte do que não tem
mas é o impossível fazendo de conta, mais uma vez.
corre que o fogo tá queimando sua foto, em cima da mesa.
e o passado acabou de virar cinzas
sábado, 1 de agosto de 2009
sábado, 25 de julho de 2009
Parece cocaína
e nem imaginava o quanto seria triste
matei todos os meus amigos
desfiz meus relacionamentos
quebrei o coração de muitas mulheres
usei muitas delas
eu quis estar sozinho
eu busquei vencer a alegria
pondo mais tristeza na minha xícara de chá
e é um tormento acreditar que não posso mais ser assim
o sufoco é saber que
não se é feliz na solidão
que os outros podem viver sem mim
que eu estou assim por minha vontade
mas eu ainda tenho vontade de vomitar
e parece que emoções me vêm ao coração
e o choro é inevitável
mas ninguém me explicou que não podia ficar só
ninguém me dise que a solidão era triste
e agora? o que faço com meus muros?
são tão altos pra que possa pulá-los
são tão resistente pra que eu possa quebrá-los
são tão ásperos para que eu possa tocá-lo
e meu coração não quer mais sentir
e o isolamento é foda
e a depressão tomou conta de nós
e eu não sei mais em que caminho me enfiei
mas já está tarde
e eu não posso mais procurar ajuda
me resta ao menos sufocar-me no travesseiro
debaixo dos meus lençóis
e esperar um sonho onde eu esteja livre
me resta apenas um suspiro de liberdade
ao acordar do sonho
uma negação do horizonte frio
e se eu não puder contar com ninguém
eu vou estar na minha cama, quando você me ligar
sobretudo, haverá de me contar como foi o seu dia
e depois eu irei te dizer que estou feliz por você
mas ainda assim, continuarei dentro do meu estreito equilíbrio
e da minha grande insensatez.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Falta
você pareceu apossar-se de meu coração
não me pede mais permissão
pra poder entrar aqui
e no mais, o que me resta é uma vontade imensa de fugir com você
pra onde for mais tranquilo
onde ninguém possa deter
nem intimidar
os impulsos de amor e tesão
e se eu soubesse onde te encontrar agora, sairia correndo
colocaria meus sonhos na bagagem
levaria-os até você
e eu desejo tanto estar do seu lado
só pra poder me perceber seu
e que merda é essa que eu tô escrevendo?
tão romântico e apaixonado.
uma vontade louca de tirar a sua roupa.
te ver nua pra mim e poder ser o homem da sua vida
mas acontece que você nem sabe que eu penso em você
ou sabe e finge que não
ou sabe e me esnoba
e eu aqui, esperando uma taça de vinho
uma torrada
e um cigarro
a cama é vazia se você não está nela.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
canto daquele que já não sabe mais pra onde ir
e meu corpo pede descanso
a pele cansada de levar surra
os olhos cansados de derramar lágrimas
o rosto cansado de escorrer suor
a mão cansada de pedir ajuda
um homem cansado de mendigar afeto
um coração cansado de bater em vão
e o sangue cansado de correr em veias e artérias,
de pulsar sem significado
de sangrar sem ferimento mortal
uma cama cansada de sustentar meu corpo
um travesseiro cansado de ser conselheiro
um telefone cansado de discar o mesmo números
uma voz cansada de chamar pelo teu nome
uma boca seca
de tanto esperar
e o quanto demorar, mais vai fazer crescer a vontade de matar o homem
que sou
e fazer nascer outro
mais desligado
mais desapegado
mais frio
menos apaixonado
menos dependente
menos humano
mais morto
mais que morto, não nascido.
p.s.: participação do Fake
terça-feira, 30 de junho de 2009
Só me sobrou a expectativa perdida de última hora
Dirá que não somos mais a parte que faltava nos sonhos de Amélia.
E eu não sei se vou tomar conta dos Bernardos.
E me contaram que o espelho é muito diferente do que somos.
Eu lembrei de uma vez que nos beijamos.
Estávamos só nós dois quietos num canto qualquer.
Não, essa história não é de beijo, é de ADEUS!!
Eu quero ser Hamlet um dia, no teatro.
Eu quero ser Romeu, um dia também.
Eu quero ser o filho da puta.
E mamar nas tetas da onça como Rômulo e Remo!
Foram eles dois mesmo?
E o que me importa?
Acho mesmo que é hora de estar na cama.
Para dormir somente, sem nenhuma moça bonita pra passar a noite e o tempo comigo.
domingo, 14 de junho de 2009
Quatro horas da manhã
Talvez amanhã eu te ligue. Hoje mais não. Estou bêbado e com vontade de ficar sozinho.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Sábado
sábado, 14 de março de 2009
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
copo de vinho
brotou o amanhã quando eu ainda
pensava em enterrar o ontem.
e eu nem sei se as flores
em cima da mesa
são presentes ou
se velam um passado morto