sábado, 29 de novembro de 2008

enquanteu respirar

das treze histórias mais emocionantes
minha vida quis fazer uma novela
e eram doze amores e uma vida sem sal
e assim foi-se esvaindo

uma vida rica em sua simplicidade
um sorriso de retorno
um beijo sem medo
um abraço quieto

e os sussurros eram segredos
as risadas eram felicidade
o toque era vontade

a dor da vida sem sal era um pouco de tristeza
ela sabia que no final as doze partiriam
mas ela queria mesmo estar viva

e era feliz, sabendo o futuro temível
se lançava em beijos, abraços toques
e não se permitia limitar-se em momento algum!
amava sim
afinal, quem ama é passível de tristezas...
mas certamente goza dos prazeres do amor

e não dormia. não pensava.

vivia as doze numa só!
e chegava de repente o tempero pruma vida sem sal

e não se ia jamais
ficava no coração
parte elementar, de onde fluia toda a sua
vontade de viver!
*um muito obrigado à minha inspiração deste texto: Lari, conhecida atualmente também como mariquinha.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

noite sozinho

foda-se a cor!
não suporto essa melancolia

não quero mais ver cor de amor na minha frente!
e quanto a passear na floresta do mal

a sua gruta me parece bem quente!

eu quero mais é que se lenhe o amanhã
a cachaça que eu tomei não vai durar eternamente e eu preciso
muito ficar bêbado

eu quero mais é
que a puta com quem marquei essa noite

chegue logo no motel
preu poder dar uma

relaxada!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Hora de deixar morrer a poesia?


eu ouvi um poeta cantar
músicas de amor com músicas de protesto disfarçado
eu paguei presse poeta, como não pago a prostitutas
eu ouvi ele mentir carinhos e amores no palco
ouvi cantar os sonhos das menininhas
os sonhos virginais das menininhas

ouvi ele falar pra um monte de marmanjo bobo
narizes de palhaços
apaixonados pela sensibilidade da alma
eu apaixonei aquela noite

beijei a boca que desejara há algum tempo
eu sofria angústia do dia seguinte
eu gastei dinheiro em cerveja e água mineral
eu bebi um copo da tristeza e eu dancei, pulei, gritei, como
numa dose de alguma droga cujo nome me passa agora

ele dizia em alto e bom tom
"a poesia prevalece"
naquelas três horas, prevaleceu mesmo!

depois só ficou o medo do dia seguinte, do não posterior ao beijo
restou a ressaca moral, o medo de olhar pra frente

na verdade não me resta muita coisa em pleno final da noite
só mesmo a vontade de olhar pra ela, a mesma, fechar os olhos
e tornar realidade o sonho da noite passada.

"ecelaverp aiseop a"


domingo, 31 de agosto de 2008

pobreza de alma

vida e morte passam por ele. ele sorri pro que ele vê. e o sorriso é o sinal de sobrevivência. faz amigos que passam. odeia seus inimigos, mas finge que os ama pra depois desfazer deles em público. não suporta o mundo e deseja que tudo seja diferente. não consegue tomar uma dose de gin. ele vomitou nos lençóis na noite passada. ele é viciado em drogas ilícitas. ele vive bem com seu cachorro. come comida congelada e não tem namorada.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Cotidiano

Somos bêbados e estamos vigiando a formiga andando e carregando seu alimento pela sala de estar enquanto minha mãe cozinha um pouco de arroz para o almoço.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Co(LO)MBINAção

Meu cabelo. Minha barba. Minha camiseta.

Todos combinando...

Minha alma. Também!

sábado, 28 de junho de 2008


Estoure o céu!
Num dia nublado, as coisas parecem desalinhadas!

Meu pão não tem queijo.
O café tá sem açúcar.
O leite azedou.

A mão está gelada.
A cerveja está quente.
Minha TV está ligada.
O livro está fechado.

Enquanto isso o mundo passa.
A vizinha passa.
O carro passa.
As pernas passam.
O moleque passa, correndo, mas passa.
E minha vontade de escrever acabou.
Definitivamente estamos desalinhados.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

A causa de todas as dores: amor (*)


Eu sou um poeta morto.
Meus versos não encantam mais casais apaixonados!
Minha música não é mais trilha
De nenhuma serenata...


Resta no meu peito febril
Um lânguido resto de amor


E mesmo sem o semblante de minhamada
Posso suspirar durante a noite
Fria como um cadáver


Ainda, apesar de ausente coração,
Sinto correr em mim sangue vermelho, da cor da paixão


E espero o sinal, do céu que seja

Daquela donzela,
Ar pueril e venenoso
Que retirou de mim
O que me mantinha vivo


A poesia!
*Homenagem a uma amiga que mais parece essa mulher aí do poema!

domingo, 8 de junho de 2008

Dia dos nAMORados


Eu parei de sentir amor...




Já faz um tempinho o o o

Que não amo ninguém!


Nem nada


Nem sequer a vontade de amar me parece___________segura!






E o medo de envelhecer persevera!

quinta-feira, 22 de maio de 2008


Fiquei procurando encontrar lábios macios


Nos quais desejava me afogar


Em beijos demorados


Sofrendo o desejo, o tesão, a vontade de ter alguém pra chamar de meu


A saudade de sentir no calor do outro, o conforto para noites frias

sábado, 10 de maio de 2008

Noite de boemia...


Conta o alarme que as horas passaram!
Me parece que o relógio é mais que um velho amigo!
Talvez seja apenas minha velha impressão!
Mas talvez seja apenas o copo de vinho!
Quando eu olho para fora
Vejo o sol... Ainda!
Ainda!? Já!?

Tem mil horas que eu estou aqui!
Mil horas se passaram!? Ou eu apenas não suportei a dose do absinto!?
Me parece que o galo cantou num terreiro próximo!
Mas o galo cantou!? Talvez seja minha fértil imaginação!
Filosofando como sempre! Escrevendo um poema em um pedaço de papel!

Sei que das mulheres que estavam comigo, me resta apenas uma!
As outras sumiram nos becos e cantinhos com meus amigos!
E ainda vejo o sol!
Na beira do mar! Deve ser dia!
Mas é nessa praia que aprecio o pôr-do-sol!
É fim de tarde!
Mas e o galo cantor!? Cantor adiantado!? Atrasado!? Galo japonês!?
"Galo de macumba!", gritou o bêbado da mesa seis ou mesa nove a depender do ângulo!

Se meu relógio não estivesse agora nas mãos de um trombadinha eu até veria que horas são!
Mas confiar em meus olhos cheios de fumaça dos cigarros dos vizinhos de mesa!
Cheios de absinto e vinho!
Meus olhos não são confiáveis!
Meus amigos não são confiáveis!!
Não conseguem estar normais!

Chega de incerteza! Chega de querer saber que horas são!
É melhor começar a aplaudir o cantor que se esforça pra conseguir atenção!
Que música chata!
Melhor tomar conta de minha companhia...
Ela já não está em seu melhor estado!!
Mas se o despertador tocou!?

Que horas são!?
Sol!?
Vou cair no mar!
Tomar banho de água salgada!

Bem que me avisaram que era galo de macumba!
Maldito copo de absinto!
Me deixa zonzo lembrar de como é bom!
Dorme!...






Imagem: Sara Mello (artista plástica)

A resposta virá depois da redenção!
O sim se pronunciará e o não se calará!
O beijo servirá para selar nosso contrato!
E o medo não tomará conta das nossas atitudes!

Lança-te ao fogo e verás que somos brasa!
Aproveita enquanto queimam as chamas,
Depois restarão apenas cinzas

E pó!

sábado, 3 de maio de 2008

Nostalgia


Eu já ouvi alguma coisa sobre ouvir estrelas
num poema jogado num canto do meu quarto.


E eu tô tentando lembrar
Mas as únicas coisas que me passam à cabeça
Uma música romântica, uma baladinha adolescente
A imagem do seu rosto junto ao meu
A lembrança de seu rosto, sorrindo
Como na primeira vez

O gosto do seu beijo, clichê muito grande
Mas é inesquecível
Saudades dos segundos em silêncio

Depois do beijo que eu já esperava, antes de nascer

Se somos predestinados, se somos almas gêmeas
Tanto faz, pouco importa
Meu desejo, meus sentimentos

A única coisa que eu sei é que estou
Irremediavelmente viciado em você
Apenas sua voz me acalma
Te ver me faz querer estar apaixonadamente perdido

O bom disso tudo é saber que
Quando a música terminar
Tudo isso não vai passar
De poema deixado pra trás, enrolado num canto do meu quarto

segunda-feira, 10 de março de 2008

Diálogo entre dois amigos


A propósito do texto de Ianna, eu lembrei de uma conversa com um amigo:

Ele: E as mulheres?!
Eu: Eu te falei que fiquei com uma menina, mas ela tava me cobrando demais, ela tava querendo demais de mim...
Ele: Mas ai ficava ficando, deixava rolar...
Eu: Eu queria deixar rolar pra ver no que ia dar, mas ela foi me perguntando se eu queria que a gente ficassse daquele jeito!
Ele: Mas você... Comeu?!(fazendo gesto de apelo sexual)
Eu: Não, ela é... restrita!
Ambos: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ele: Essa foi boa, restrita...


Prosa maluca...

quarta-feira, 5 de março de 2008

As 10 melhores músicas de todos os tempos (ou o desafio de Glauce para mim)


Meu Deus!! Como vou escrever isso! Que responsabilidade a minha de enumerar as dez melhores músicas de TODOS os tempos. Essa tarefa era para Ronney, nosso amigo que comenta obras artísticas... Mas eu aceito o desafio. Muito Obrigado, Glauce... Um: me senti importante enumerando músicas, quase um jurado do Grammy [hehe]; dois: eu estou transbordando de felicidade por causa do nosso contato através das letras, tô me reapaixonando por blogar; três: esse negócio de selecionar músicas e agrupar as dez melhores é muito difícil, mas muito gostoso!



Vou começar com os parâmetros que eu escolhi para classificar as músicas. Como fui pego de surpresa e com um prazo ligeiramente curto, eu não tive tempo para ouvir milhares de músicas, aliás, nem ouvi dezenas... só as que estavam no meu MP3 na hora que eu estava selecionando as privilegiadas. Por acaso nenhuma está na lista.

Amo escutar música e acredito que ela pode fazer a diferença em momentos importantes da nossa vida. Toda a minha vida tem uma trilha sonora linda e instigante que transforma quaisquer momentos vazios e sem graça em momentos masi que especiais! Música é vida, minha gente!

Então, suei a camisa pra lembrar de músicas capazes e com cacife para poder entrar na lista das 10+!! Eu preferi equilibrar o jogo e não repetir intérpretes... Elis tinha quatro músicas no páreo, Chico Buarque também, e aí já seriam oito músicas, não deixando espaços para outras músicas. Decidi pela opção mais justa, limitei o número de músicas para uma por intérprete. Entre músicas que têm várias versões eu selecionei a versão mais legal de todas. Mas que foi uma seleção difícil, isso foi! haha


A coisa mais gostosa disso tudo foi o fato de escrever sobre música, uma paixão declarada. E selecionar as musicas me fez pensar "pra caramba". Eu até agora, escrevendo, não ordenei as músicas por ordem numérica. Tô numa dúvida!!!!!!hueheueheuheuehe


Adoro!!!!


Lá vai aí então as classificadas, e meu medo é que vocês não gostem.

Vai ser muito bom!


E apresentando agora: AS 10 MELHORES MÚSICAS DE TODOS OS TEMPOS


10. I will survive _-_ Glória Gaynor

9. Triste partida _-_ Luiz Gonzaga

8. Pra não dizer que não falei de flores _-_ Geraldo Vandré

7. Sem lenço, sem documento _-_ Caetano Veloso

6. A maçã _-_ Raul Seixas


AGORA O PÁREO DAS CINCO MELHORES:::::... :p


5. O tempo não pára _-_ Cazuza


4. Help! _-_ The Beatles


MEDALHA DE BRONZE: 3. Vento no litoral _-_ Legião Urbana


MEDALHA DE PRATA: 2. Construção _-_ Chico Buarque


Demorei muito para decidir quem seria a grande vencedora, mas enfim saiu....


MEDALHA DE OURO: O bêbado e o equilibrista _-_ Elis Regina [que tem rainha até no nome; regina em latim quer dizer rainha]


Será que fui suficiente?!

Exclamem-me!!!

domingo, 2 de março de 2008

Encontros e Despedidas


Eu estava na rodoviária hoje à tarde e me veio a inspiração de escrever algo sobre essas coisas de encontros e despedidas. Lembrei que alguém já tinha escrito um poema sobre isso.

"O trem que chega é o mesmo trem da partida...a hora do encontro é também despedida!"

Tinha um casal e uma garota que parecia filha do casal. O homem estava de partida. Elas abarçaram-no, beijaram-no e quando enfim ele estava se encaminhando à plataforma de embarque, pude observar uma lágrima tímida no olho da garota...

E eu fiquei pensando na efemeridade das coisas e nos encontros e despedidas da vida da gente, de quantos "Adeus!" e "Olá" a gente dá para as pessoas da nossa vida. Fiquei imaginado em todos aqueles que passaram na minha vida e que deixaram sua marca, por menor que seja... Senti saudades daqueles que amei e não foi o bastante e daqueles que eu não amei tanto quanto gostaria.

Quis abraçar velhos amigos e ficar abraçados, feliz por simplesmente sentir o calor dos meus amigos.

Uma pena que o passado num tem retorno, mas graças a Deus a nossa chance de corrigir nossos erros é infinita.

Aos nossos amigos que estão longe: "mande notícias do mundo de lá"; aos outros que estão perto, "me dê um abraço, venha me apertar"...

Aos nossos grandes momentos de felicidade e sinceridade e amor...

"O trem que chega é o mesmo trem da partida"