sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sobre Todas As Coisas (ou Vontade de Estar com Você)

Poema escrito para Lari. A mais enigmática das mulheres do mundo. E ela não é um pseudônimo.

um vermelho que parecia brilhar
eram sonhos de outrora
ela olhava a janela só para ver o céu
ela costumava ver desenhos em nuvens

e os beijos das crianças eram tão doces
a fazia se lembrar de quão deliciosa fora sua infância
e se divertia com os vestidos rodados delas
e os sapatinhos cheios de barro

sentia a brisa no seu rosto
sentia como o beijo do seu amado
sentia como se pudesse novamente abraçá-lo
e ria de toda aquela situação
de como ficava vermelha em sentir sua mão em cima da dela

era uma sensação gostosa
feliz apesar de nostálgica.

abrira os olhos
enxergava um mundo diferente.
nem tinha mais as crianças ao redor
nem tinha mais os vestidos, os sapatinhos, os carrinhos dos meninos.

olhava a janela e não conseguia ver a alegria nos olhares das pessoas.
de repente chorava de tristeza ao desacreditar de tudo
e lembrava de como sua esperança era bonita
quando estava de olhos fechados

e fechara novamente os olhos
voltara a sonhar com a vida que amava tanto
e podia ver que a esperança vivia dentro de si
e sentia uma paz ao que ultrapassava o barulho que entrava por sua janela
uma amor que era mais forte que qualquer tristeza
uma alegria mais poderosa que o tempo

e fazia de cada memória uma história
pra não deixar morrer a canção que havia em seu coração

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