Era segredo. E quem soubesse dele, poderia tê-lo nas mãos para sempre. João Alberto guardava a sete chaves o que não queria que ninguém, além dele mesmo, soubesse. E era muito bem guardado. Jamais tinha comentado com alguém ou escrito em nenhum diário, jamais tinha sequer postado em um blog, aquilo que guardava. Nem pensar alto ele costumava pensar, para que ninguém pudesse descobrir por acaso.
E chegou um dia em que pensava com seus botões sobre o assunto. E João Alberto não quis mais guardar esse segredo com ele mesmo. Não repartiria com ninguém, apenas escreveria num pedaço de papel e guardaria na gaveta de meias. E assim o fez.
João passou anos sem nem lembrar de seu segredo, mas ao escutar novamente uma música que costumava embalar seu sono no passado, lembrou-se da gaveta. Seu segredo nunca tinha sido retirado de lá. Ao reler a própria carta para si mesmo, lembrou-se de como fora feliz, como vivera os melhore momentos de sua vida e o maior amor dela também. E passou a noite cantarolando canções do passado.
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