Refeito em sopro
Como um algo que surge
Sou apenas virtude
Virtude disfarçada de imperfeição
Enquanto as voltas
Do colar de contas
Me parecem enforcar o pobre garoto
Me sufoco em um beijo interminável
Onde há língua e lábios e saliva
E mais um resto de sedução
Que com fé em Ogum, salvará a noite.
Há mais que desejo entre nós e eu posso sentir
Há um tanto de sentimento
E eu sei disso, por que assim disse minha mãe
Quando a chuva veio e levou de mim toda a lama
Eu descobri que não era apenas um sonho bom
E então? Onde estavam mesmo as pétalas de rosas?
No buquê da noiva, esperando um sentido de estar
As contas em azul-marinho me davam tranquilidade
E era assim que eu esperava a noite
Aquele rapaz de Ogum, os conselhos de minha mãe
E a sedução irremediável de seus olhos
Negros como sua pele
E sua fé
E suas armas.
Aprisionando-me em braços e abraços, amarrando
Suas contas nas minhas
Um tanto folclórico e lendário
Um tanto irremediavelmente deslumbrante
Ao juntar o que há em nós de melhor.
Minha virtude e sua virilidade.
Um comentário:
Oi...passando aqui pra dizer q vc escreve muito bem
parabéns
filhos de ogum são emsmos retados
hahuha
sou de logum
abraço
Postar um comentário