sábado, 16 de dezembro de 2006

Poema Sem Graça

Lábios de foca
Misteriosos lábios de foca
Novos e virgens lábios
Distração para os inquietos
Saudade para os seus

Xi! Já não se fazem mais amantes como antigamente
São todos pegajosos! Perdidos!

Amo amor, se for a causa!
Amo a distração, se for acontecer.
Depois disso é doer,
Ora bolas, se doe...

Fingir acreditar em quem nem aparece
Oxe, nem é verdade...
E depois dividir aquilo que não se divide?
Não mesmo...

Novo excesso!
Fatos que se excluem sem medo
Desaparecer sem lucro
Chefiar desastres
Desista de ganhar
E não vou negar que de fato
Sou assim

Não tenho de lábios
Não sou inquieto
Não sou pegajoso
Não acredito, nem divido
Não desapareço,
Não desisto

Sou tudo o que não está escrito
Sou desequilibrado
Sou tosco, feio, absurdo
Isso é engraçado...
Sou apenas metade do que pareço.

Mas que merda que eu disse?!
Metade? Não, eu não sou metade...
Sou o quadrado da quinta parte...
Bah, eu não passo do eu-lírico
Desse poema sem graça!

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