domingo, 25 de dezembro de 2016

cartinha para noel (ou um conto de natal ou seja meu daddy, noel)

querido papai noel

esse ano, hein? foi um ano daqueles... eu sei que me comportei bem. juro! não lembro de ter feito nada de mais, assim. tirando aquela vez que cuspi na cara de vanessa no meio da sala. mas aí ela também pediu, né? ninguém mandou me chamar de bichinha na frente de todo mundo do trabalho. tudo isso por pura birra, só porque transei com o namorado dela. mas não foi culpa minha, papai.

nossa, nunca tinha pensado como isso é sexy, pensa que em inglês seu nome não é daddy claus, seria um tesão te chamar de daddy, enquanto sento em seu colo. mas voltando...

a culpa de eu ter transado com guto foi toda dele. tudo bem que eu deixei ele beber um pouco mais e fiquei falando aquelas putarias. mas eu sempre falo, cê me conhece. bom, e ele não precisava ter colocado o pau pra fora só pra me mostrar como tava. daddy, de onde eu venho, isso é sinal pra "quero uma mamada, faça". e foi o que eu fiz. foi bom, papi? foi ótimo. e ele gostou? ele adorou! tanto que da segunda vez ele estava sóbrio. e foi ele quem insistiu, inclusive, pra me comer. eu não queria, mas dei, só porque sou um cara legal (o que reforça a ideia de meu bom comportamento esse ano) e não sei dizer não. ainda mais pra um homão daqueles... se você curtisse homens, saberia o que eu estou dizendo.

eu nunca quis que aquele namoro terminasse. e você sabe que não foi querendo que mandei aquela minha foto mamando o guto pra vanessa. foi total culpa da tecnologia. uma merda. e também, aquela piranha tinha que reconhecer a piroca do cara assim tão fácil? desculpa, ela não é piranha [cortar isso na versão final].

poxa, daddy claus, posso te chamar assim? queria me defender também naquela história do professor. essa eu não tive um porcento de culpa. você deve saber. se a esposa dele descobriu as mensagens no celular dele e se separou, a culpa é minha? eu nem respondia nada pra ele. todas as vezes que ele deu em cima de mim eu disse que não. eu juro. só daquela vez que eu dei a entender que um dia poderia ficar com ele, mas era só pra conseguir a nota na disciplina dele. eu nunca faria nada. odeio pegar homem casado. com filho, pior ainda. (viu que eu sou um bom rapaz? eu penso nas famílias).

tudo bem, não penso tanto na minha. eu sei, daddy. mas é que meu irmão é um escroto, né? traindo minha cunhada com a irmã dela. era muito errado. eu tinha que contar. mas como eu ia saber que minha cunhada tinha problemas cardíacos. ela parecia tão saudável. mas graças a deus está tudo bem. e aquela tonta ainda voltou pra ele, sabia? burra, nem tem como defender.

bom, daddy, nesse natal, eu queria que o senhor me trouxesse um grande amor. estou cansado de ser biscate e pegar o porteiro de meu prédio. tenho pena da esposa dele quando a encontro. seria legal ter alguém pra mim.

pode ser você, mas só se você largar a mamãe noele.

te amo, beijos.

p.s.: essa parte de ser você era brincadeira, não quero ser responsável por mais esse fim de relacionamento.

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