Cara, observe... Todas as vezes que a gente se vê, basta um olhar teu pra que eu desfaça qualquer cara de entojo em sorrisos e elogios e carinhos mil. Eu nem lembro de meus problemas quando estou perto de você, seu filho da mãe.
Moço, você não tem noção da ebulição de adrenalina que provoca em mim quando lança tu mirada de latino cafajeste. E nem sabe o quanto se avoluma minha calça quando me abraça e, sem-querer-querendo, passa tua barba em meu pescoço e ainda sussurra alguma coisa incompreensível em minha orelha.
Você nem sabe, e nem vai querer saber, tenho certeza, de quantas homenagens solitárias já te fiz. Talvez por isso você me faça sentir mais adolescente que quando eu tinha 14 e escondia fitas no armário de lençol em meu guarda-roupas.
Menino, eu me pergunto se você faz isso tudo de propósito. Ou será que faz essas coisas inocentemente e nem faz ideia de como mexe com os meus nervos. E não apenas nervos, mexe com os corpos cavernosos e esponjosos. Mexe com meu coração, que acelera algumas batidas por minuto a cada passo teu em minha direção. E mexe com minha cabeça inteira.
Vixe, boy! Seu perigo é tanto que eu não consigo nem pensar em como fazer pra me defender de suas investidas, seu capetinha. Pare de me provocar respirando tão perto de meu cangote, mordiscando minha orelha e arranhando minhas costas de leve. Não pare, não.
Seu grande sedutor. Acho que não tem mais pra onde fugir. Fodeu. Já estou mais que preso no emaranhado de seus cabelos, nos seus pelos, no seu pau. Preso em seu corpo. Pode tirar o que quiser de mim: meu sangue, minha alma, meu leite. Não vou nem me fazer de difícil, quando, na verdade, você já conhece todos os meus pontos fracos.
Agora, eu, que costumava rir na cara do perigo, paraliso em sua frente, me dispo e me abandono a você. Sou todo seu.