Ele falou primeiro em esperar a maré baixar. Mas depois pensou melhor e falou em deixar as coisas acontecerem. Ele ainda falou, e eu me lembro, que não acreditava em ninguém. Mas ele mentiu diversas vezes, e o pior, mentiu pra todo mundo. E ninguém na sua cidade sabia de fato quem ele era. E com os olhos cheios de água, saiu a despedir-se de um e outro na cidade como se nunca mais ele fosse voltar. Encontrou a dona dos seus sonhos velhos. Jogou nela os novos sonhos. Pôs um tanto de rancor e rispidez na voz e se deixou abandonar pelo texto decorado desde outrora.
A madame, então, chorou muito, como era de se esperar, como estava no script. E todos da cidade ficaram impressionados e não sabiam o porque daquilo estar acontecendo.
Um comentário:
Ai as narrativas cheias de poesias misteriosas. Me conecto.
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