Se animou e tomou a caneta e um papel cartão vermelho. Enquanto no rádio tocava uma música francesa que ela sempre ouvia quando seu pai ainda era vivo, ela acendia um cigarro e bebia pequenos goles de um vinho que há muito queria abrir. Sozinha na sala de casa. Suas personagens estavam todas dormindo. Ela não podia mais escutar suas vozes em sua cabeça.
Escreveu uma carta apaixonada à mulher de sua vida. A mulher que prometera nunca mais amar. A mulher que estava em sua cabeça há anos. Como um passe de mágica, ouviu a voz de Paulo Henrique. E como não pudesse ser vista com esta carta de amor proibida, escondeu-a embaixo da almofada do sofá.
Paulo Henrique saudou sua esposa com um beijo. Ela correspondeu fisicamente. Em sua cabeça não era ele que a beijava.
Um comentário:
Lindo, Dani. Muito sensível seu modo de pensar =). Já está adicionado entre os favoritos do meu blog (A vida em azul). Bjs
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